Fale Conosco

Email domicianos.siqueira@gmail.com

telefone: 11 991182028

Objetivo

Trabalhamos nas áreas de Saúde, Justiça e Educação , executando atividades voltadas ao uso de Drogas, DST e AIDS e Inclusão social com o conceito de Redução de Danos .
Minha foto
Resumo das Qualificações: Profissional voltado às áreas de Saúde, Educação e Justiça com sólida experiência no setor, junto às organizações governamentais, não governamentais e de iniciativa privada; Vivência em treinamentos, elaboração de programas de prevenção, levantamento de necessidades e implantação de novos sistemas de prevenção à AIDS e ao uso indevido de drogas; Habilidade na implantação e coordenação de projetos de vanguarda promovendo a inserção, manutenção e avaliação de trabalhos, racionalizando custos e otimizando programas já existentes; Atuação em programas de Redução de Danos, visando a diminuição na propagação de doenças (DSTs), e a melhoria de vida na população de usuários de drogas (UDs), como a troca de seringas, distribuição de insumos e acima de tudo informações Assessoria em organização de eventos na área de Redução de Danos,Direitos Humanos e outros. Diversos cursos, participação em Congressos, Seminários e Fóruns complementam o conhecimento do profissional.

HISTÓRICO PROFISSIONAL

CAPS-AD SÉ - Prefeitura do Munícipio de São Paulo

Supervisor da equipe (Cracolândia)

Siqueira e Cia – Micro empresa na área de Consultoria e Treinamentos em Direitos Humanos e Redução de Danos : Fundador e Diretor

ABORDA – Associação Brasileira de Redução de Danos - Organização Não Governamental na área de Redução de Danos - Fundador e Presidente por 4 gestões

Rede Paulista – Rede Paulista de Redução de Danos - Organização Governamental na área de Redução de Danos - Fundador e presidente por 2 gestões

Apta – Associação para Prevenção de Tratamento de AIDS – Membro efetivo

Instituição: Ministério da Saúde

Cargo: Consultor na Área de Drogas e AIDS

Período: desde dezembro de 1995

Cidade: Brasília/DF.

Instituição: Prefeitura Municipal de Porto Alegre - RS

Cargo: Consultor na Área de Drogas e AIDS

Período: desde janeiro de 1996

Cidade: Porto Alegre/RS.


Funções exercidas:

Participou da Diretoria da Rede Latino Americana de Redução de Danos (RELARD), como membro do Comitê Executivo (representante do Brasil), por 5 anos.A Rede tem como objetivos: Promover e difundir a Redução de Danos como uma estratégia eficaz e válida para abordar os problemas relacionados com o uso de drogas; ‚Apoiar e fortalecer as iniciativas de pessoas e organizações governamentais e não governamentais que trabalham em Redução de Danos nos países da região; ƒPromover o protagonismo e a organização do usuário de drogas, favorecendo a melhoria de sua qualidade de vida; „Gerar espaços de intercâmbio e reflexão em torno da temática do uso de drogas, de acordo com as condições sócio-culturais da América Latina, vinculando-se com outras redes semelhantes.
Coordenou o trabalho de treinamento e ação de monitores (outreachwork) de campo em Projeto de Redução de Danos em desenvolvimento conjunto entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde e do Meio Ambiente.
Coordenou o desenvolvimento do Projeto-Campanha "A seringa passa / a Aids fica", realizado totalmente por dependentes químicos em programa de recuperação na Cruz Vermelha, durante 9 meses, pela Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre.
Técnico em Promoção de Eventos, durante dois anos, de 1995 a 1996.
Técnico em Propaganda e Publicidade, de 1991 a 1996.
Técnico de Paisagismo Industrial durante 14 anos, na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, em São José dos Campos; Proprietário da firma Castália Paisagismo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O uso "Terapêutico" de Cannabis por dependentes de crack no Brasil

Médicos-psiquiatras, pós-graduandos do PROAD/ UNIFESP ( Programa de Orientação e Assistência ao Dependente- Depto. de Psiquiatria e Psicologia Médica - Escola Paulista de Medicina - Univ. Federal de São Paulo)
INTRODUÇÃO E HISTÓRICO
Nos últimos anos tem ocorrido a veiculação de informações tanto na literatura médica quanto na imprensa leiga, a respeito de estudos sobre o uso terapêutico de cannabis em várias áreas( DOYLE,1995; UNGERLEIDER,1985; ZINBERG, 1979). Em pacientes HIV positivos como ansiolítico e estimulante do apetite (LOWENTHAL,1995); em portadores de neoplasias em tratamento quimioterápico como anti-emético e anti-nauseante (SCHWARTZ,1994; DOW,1981); e em oftalmologia em algumas formas clínicas de glaucoma( GONZALEZ, 1995), como exemplos. Esta mudança recente na postura de muitos cientistas parece ser fruto de uma maior abertura cultural dos países ocidentais onde esta substância tem perdido lentamente o "status" de droga de abuso com características semelhantes às chamadas drogas pesadas, como a cocaína, álcool e heroína.
E por que será que a cultura ocidental insistiu e insiste constantemente em não aceitar que existam diferenças importantes quanto à especificidade das diferentes substâncias? Esta pergunta não é fácil de ser respondida, mas algumas hipóteses podem ser levantadas. A questão da legalidade parece exercer grande influência neste sentido. Historicamente, as substâncias psicoativas, com exceção do álcool, passaram a ter seu uso proibido no início deste século em grande parte dos países ocidentais, sem ter sido avaliadas as suas características específicas, seus potenciais de abuso, riscos de overdose e rituais sociais e individuais associados a cada uma delas, o que provocou e continua provocando distorções muito graves.
O uso de álcool, por exemplo, é estimulado constantemente em todos os meios de comunicação, é facilmente acessível e em geral, é fortemente reforçado na própria família desde o início da adolescência. Contudo sabemos claramente que as repercussões sociais, econômicas e pessoais que o abuso e a dependência desta substância provocam são muitas vezes desastrosas.
Em contrapartida, a cannabis, por pertencer ao grupo de drogas ilícitas, passa a ter o mesmo status do que a heroína e a cocaína para a grande maioria das pessoas, especialmente `aquelas que não foram ou não são usuárias de qualquer substância ilícita. Sendo assim, um indivíduo que faça uso recreativo de cannabis, vai sofrer as mesmas conseqüências legais e sociais dos dependentes de drogas pesadas.
É interessante notar em relação ao uso recreativo de cannabis que estudos epidemiológicos realizados nos EUA (CHEN,1995), de acompanhamento a longo termo, demonstram que os americanos usam esta substância na adolescência e início da vida adulta, declinando acentuadamente por volta dos vinte e cinco a trinta anos de idade. Apenas uma pequena parcela destes indivíduos desenvolve abuso e dependência por outras substâncias, e apenas outra pequena porcentagem faz uso pesado de cannabis ao final desse período.
O uso de crack desde o seu surgimento no Brasil, no início da década de oitenta, esteve relacionado com as classes mais pobres. Contudo, nos últimos anos nota-se que este uso se estendeu às camadas média e alta, especialmente em São Paulo. Isto se deveu, em parte pelo fato de muitos dependentes de cocaína inalada não terem conseguido encontrar cocaína em pó em muitas "bocas" onde antes encontravam sem dificuldades. Isto nos faz pensar que os traficantes estavam "forçando" a entrada do crack nestas cidades. Tal estratégia parece ter dado o resultado esperado por estes indivíduos, já que a procura de tratamento por dependentes de crack observada nos últimos anos tem sido maior do que por dependentes de cocaína inalada e são muitos os relatos destes indivíduos sobre esse desaparecimento da cocaína em pó do mercado, especialmente em São Paulo. O crack tem seu preparo mais rápido e mais barato, mas traz conseqüências clínicas e psicológicas desastrosas em um período mais curto de tempo quando comparado com a forma em pó da mesma substância.
O crack traz sintomas clínicos e psiquiátricos bastante específicos e que estão diretamente relacionados à substância e à via de administração utilizada. São freqüentes as queimaduras de dedos, lábios e mucosas orais, quadros de asma brônquica, edema pulmonar, tosse persistente, dor torácica, infecções respiratórias altas e baixas, emagrecimento rápido, perda do apetite e acidentes vasculares cerebrais (MEISELS,1993; SMART,1991). Estes sintomas surgem rapidamente, após o indivíduo ter usado apenas algumas vezes em alguns dias, quando começa a apresentar sintomas de ansiedade relacionados à abstinência. Esta "fissura" é crescente e maior do que aquela gerada pela uso contínuo da forma inalada da cocaína. Seu efeito dura cerca de 5 a 10 minutos e se caracteriza pela presença de movimentos estereotipados, pensamentos repetitivos semelhantes a pensamentos obsessivos, além de ideação paranóide e alucinações visuais e auditivas que podem estar delimitados apenas ao momento do uso, ou podem permanecer presentes por alguns dias após cessado o uso, dependendo das características psíquicas de cada usuário. Neste sentido, outra delimitação importante entre o uso de cocaína inalada e o uso de crack, é que existe uma relação entre o uso deste e uma auto-destrutividade individual importante, que se sobrepõe ao indivíduo em um determinado momento de sua vida. Esta auto-destrutividade individual, no entanto é reforçada por um fator cultural que permeia a experiência destes dependentes. Independentemente do nível sócio-cultural destes indivíduos ocorre um fenômeno interessante durante o processo de obtenção e utilização do crack. Muitos deles permanecem dias dentro de barracos muito pobres em favelas na periferia da cidade, em condições péssimas de higiene e geralmente acompanhados de traficantes e outros dependentes desconhecidos, como se esses indivíduos precisassem viver um lado de suas personalidades que só pode ser resgatado nestes locais e através destas relações.
Sabemos que nos rituais iniciáticos dos povos ditos primitivos, os adolescentes se submetiam à ingestão de determinadas plantas ou fungos que alteravam suas consciências temporariamente, e esta alteração tinha uma finalidade bastante clara e ancestral: visavam a transformação daquele jovem em um homem adulto da tribo. Esta experiência é relatada como uma vivência de morte muito profunda e que em algumas situações chegava a ocorrer concretamente. Cito estes rituais porque o uso urbano de crack parece reproduzir um pseudo ritual: o dependente sabe que pode morrer, faz um uso em grupo, e vai usar o crack em locais que realmente reproduzem um clima de morte, medo, e falta de qualquer laço afetivo verdadeiro. Sendo assim, o dependente de hoje vive seu pseudo ritual às avessas: renasce sempre antes de cada "pipada" e morre simbolicamente após usá-lo, quando constata mais uma vez a falência de seu projeto inconsciente ( ZOJA, 1992)
Já o uso de cannabis no país tem um registro histórico cultural bastante interessante: desde os tempos de descoberta (1500 d.C.) existem relatos de viajantes portugueses que faziam uso da substância e que exaltavam as qualidades desta droga como intensificador de "emoções" pré-existentes. Com a formação de duas classes sociais polarizadas e distintas culturalmente, uma aristocrática e outra formada por escravos e pobres, este uso parece ter se mantido em ambas nos séculos subseqüentes, até o início do século XX, quando começa a haver uma tentativa de normatização desta substância em termos legais, influenciada por mudanças que ocorriam neste sentido tanto na Europa quanto nos E.U.A. É interessante notar que no período anterior à abolição da escravatura no país(1889 d.C.) o uso de cannabis parecia ser de conhecimento dos proprietários dos grandes latifúndios no país e este uso não era reprimido pelos mesmos pois havia uma percepção destes indivíduos de que o uso de cannabis diminuiria de maneira importante as chances de uma rebelião entre os escravos.
Contudo no início deste século, após o fim formal da escravidão, começa-se a associar o uso de cannabis com criminalidade, pobreza e com os negros. Estes novos traços culturais relacionados ao uso de cannabis, transformaram a visão predominante no país sobre essa droga em algo perigoso ou relacionado com marginalidade e violência. Seu uso hoje no país, ocorre em todas as camadas sociais, e há uma distinção clara pela maior parte de usuários de drogas de que a cannabis ocuparia um lugar distinto em relação às outras drogas disponíveis no país, e para estes indivíduos esta distinção inclui o álcool, apesar do reforço cultural positivo que existe em relação a este último. Contudo isto não significa que não haja repressão policial ao uso e porte de cannabis. Nota-se que há uma tentativa destes últimos de localizarem usuários e portadores de cannabis predominantemente com finalidade de corrupção e de suborno, já que as implicações legais para portadores de pequenas quantidades são bastante graves, situações em que muitos usuários recreativos são obrigados, muitas vezes, a se desfazer de objetos pessoais, para pagar suborno a policiais. Neste sentido, seria muito desejável que a legislação na grande maioria dos países se adequasse às diferenças verificadas na clínica da dependência, que demonstra haver diferenças bastante específicas para cada substância utilizada, ou para o uso concomitante de duas ou mais substâncias.
A experiência de Liverpool do psiquiatra Jonh Marks e do antropólogo Anthony Henman demonstra muito claramente como o fato da legislação ser rígida e proibitiva apenas reforça ainda mais as características transgressoras deste ato no meio social ( MARKS, 1994). É claro também como foi importante neste projeto a existência de uma rede médica de apoio capaz de dar suporte psiquiátrico e social a todos os dependentes que procurassem assistência. Medicações ou drogas podiam ser obtidos nas farmácias da cidade com receitas controladas. Em 10 anos notou-se uma redução espantosa na prevalência de dependentes daquela região, para todas as drogas ilícitas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram acompanhados, por um período médio de nove meses, 20 pacientes do sexo masculino, com idade entre 16 e 28 anos, que procuraram o PROAD / UNIFESP (Programa de Orientação e Atendimento ao Dependente - Universidade Federal de São Paulo) em São Paulo, Brasil, no período de Agosto de 1995 a Setembro de 1996. Estes pacientes recebiam atendimento clínico psiquiátrico semanal e não apresentavam outros diagnósticos clínicos e psiquiátricos no período anterior e durante o acompanhamento a que se submeteram.
Estes pacientes não receberam qualquer medicação para sintomas de abstinência, e tal conduta era tomada após o relato espontâneo destes indivíduos de estar usando cannabis com a finalidade de atenuar estes sintomas. Quando isto ocorria, estes indivíduos passavam a fazer parte da amostra deste projeto e eram assim excluídos quanto ao uso de medicações que pudessem atenuar os sintomas de abstinência, como por exemplo anti-depressivos tricíclicos, inibidores da recaptação de serotonina e ansiolíticos. O relato sobre o uso de cannabis com essa finalidade geralmente ocorria na primeira ou segunda consulta e era trazido sempre com uma certa culpa, pelo fato de não imaginarem qual seria a reação do psiquiatra a este uso.
Estes indivíduos eram todos solteiros, apresentavam cerca de 6,7 anos de escolaridade e quatro destes indivíduos desistiram de seus tratamentos antes de concluírem três meses de acompanhamento. Todos os indivíduos incluídos na amostra apresentavam dependência grave por crack segundo o checklist do DSM-III-R, no momento da primeira avaliação.
DISCUSSÃO E RESULTADOS
Todos os pacientes incluídos nesta amostra que permaneceram sob acompanhamento psiquiátrico por nove meses referiram que a cannabis trazia uma redução da ansiedade e mudanças subjetivas e concretas em seus comportamentos. No Brasil e especificamente na periferia de São Paulo, local onde moram a maioria destes pacientes há uma distinção clara por parte dos usuários de drogas ilícitas entre a cannabis e a cocaína, inalada ou fumada. Foi observado que o padrão de uso de cannabis por estes indivíduos apresentava um pico nos primeiros três meses, em que este uso era diário, onde usavam em média três a quatro cigarros. Nos meses subseqüentes houve uma redução espontânea deste uso em 14 pacientes podendo classificá-los como usuários recreativos desta substância, ao final dos nove meses. Esta redução foi acompanhada com facilidade no manejo da maioria dos casos, onde muitos citavam que os efeitos avolitivos advindos do uso pesado de cannabis acabava sendo indesejado, facilitando esta mudança no padrão de uso. Em relação aos efeitos agudos do uso de cannabis por estes indivíduos durante este período, os mesmos relatam que sentiam uma diminuição importante da ansiedade e dos sintomas de "fissura", ganho de peso importante, melhora do sono e menor necessidade de sair para procurar amigos ou outras drogas. Citavam também que a manutenção do ritual de preparo do "baseado" ou cigarro de cannabis parecia ser algo que trazia um certo alívio na tentativa de não usar o crack. Como o crack também é fumado, esses indivíduos referiam que o preparo do cigarro reproduzia subjetivamente o preparo do cachimbo para uso do crack. Contudo ao contrário do crack, que é usado nas grandes cidades, geralmente de forma grupal em favelas ou casas abandonadas onde passam dias muitas vezes sem se alimentarem, o uso de cannabis para estes indivíduos geralmente é solitário, na própria casa do usuário. Estes referem que passam a ficar mais em suas residências, ajudando em alguns serviços de casa, vendo TV, ouvindo músicas e dormindo mais horas por dia do que anteriormente.
Um trabalho realizado na Jamaica (DREHER,1994), procurou avaliar dois grupos de gestantes jamaicanas que eram divididos segundo o hábito de fumar ou não cannabis neste período. Este trabalho foi realizado utilizando-se uma abordagem etnográfica e é importante ressaltar que as mães classificadas como usuárias faziam este uso em um contexto religioso, como comumemente acontece na zona rural daquele país. Os filhos destas mulheres eram então avaliados segundo uma escala de avaliação minuciosa para neonatos e os resultados demonstraram que os filhos das mães do grupo de fumantes apresentaram um desempenho nos itens desta escala, superior ao grupo controle. Os autores, na discussão deste artigo fazem referência a um trabalho semelhante realizado com gestantes americanas onde os resultados encontrados foram os opostos ao trabalho realizado na Jamaica ( HINGSON, 1986). De posse destes dados é possível pensar que as diferenças culturais existentes entre os dois países seja responsável por estes resultados opostos. A mãe jamaicana faz um uso religioso de cannabis e se encontra sintônica com a cultura de seu povo; já a mãe americana deve se sentir mais culpada, seu uso não é aceito pela cultura local devendo ocupar uma posição social marginalizada, aproximando-se culturalmente dos dependentes de outras drogas.
Este artigo tem fundamental importância para tentarmos estabelecer uma compreensão socio-cultural e psicológica destes achados. Como já foi citado anteriormente, a cannabis é vista pelos dependentes no Brasil como uma droga que ocupa um espaço diferenciado em relação a outra drogas ilícitas presentes no país. Esta inserção cultural não se aproxima do uso ritualizado dos jamaicanos , mas também não se assemelha à cultura americana dominante, para os quais todas as drogas representam algo perigoso, que deve ser evitado de qualquer forma. Neste sentido, a abordagem utilizada pelos autores, etnográfica, é muito mais adequada ao objeto que está procurando se delimitar. É extremamente redutivista ter a pretensão de acharmos que conseguiremos, através de questionários padronizados, reproduzir aspectos subjetivos do estado de consciência induzido pela cannabis ou outras substâncias com efeitos semelhantes.
Estas colocações, no entanto devem ser bastante relativizadas, procurando-se não generalizar traços dominantes em uma determinada cultura, como se toda uma cultura pudesse ser alguma vez redutível às tentativas humanas de expressá-la. Dizemos isso, por que apesar de me referir à cultura norte-americana da forma que fizemos, podemos levar a uma confusa e infeliz generalização. Esta constatação pode ser exemplificada pelo fato de sabermos que na região sudoeste dos EUA, especialmente na Califórnia, existem muitos pesquisadores trabalhando com cannabis e outros alucinógenos para uma posterior possibilidade de uso terapêutico em diferentes quadros citados na introdução deste artigo. Além disso, em uma decisão inédita neste Estado, houve recentemente a liberação legal para o uso médico de cannabis em algumas situações clínicas específicas.
Bibliografia
CHEN, K.& KANDEL, D.,B.- (1995) The natural history of drug use from adolescence to the mid-thirties in a general population sample. American Journal of Public Health.85(1) :41- 47.
DEAN, M. et al.- (1995) Politics of hard and soft drugs. Lancet. 346 ( 8985): 1285 .
DOYLE, E. et al. - (1995) Cannabis as a medicine? British Journal of Anaesthology, 74 (4): 324-329.
DOW, G., J. - (1981) The California program of cancer and the research with the cannabinoids. Journal of Clinical Pharmacology. 21 (8-9) :128-132.
DREHER, M.,C. et al. - (1994) Prenatal marijuana exposure and neonatal outcomes in Jamaica: an ethnographic study. Pediatrics. 93 (2) : 254-260.
GONZALES, P. - (1995) Intraocular motility, electrophysiological tests and visual fields in drug addicts. Ophtalmic Phisiol.Opt. 15(5):493- 498.
HALIKAS, J.,A.- (1985) A longitudinal study of marijuana effects. The International Journal of the Addictions 20 (5) : 701-711.
HINGSON, R. et al. - (1986) Maternal marijuana use and neonatal outcomes: uncertainty posed by self-reports. American Journal of Public Health 76: 667-669.
LOWENTHAL, E,.A. - (1995) Marijuana as medicine. JAMA 20: 274-276.
LUNDQVIST, T. - (1995) Specific thought patterns in chronic cannabis smokers observed during treatment. Life Sciences. 56 (23-24) : 2141 - 2145.
LUNDQVIST, T. - (1995) Chronic cannabis use and the sense of coherence. Life Sciences 56 (23-24) : 2145-2150.
MALES, M. et al.- (1995) Decriminalization of cannabis. Lancet 346 (1708) : 8991-8992.
MARKS, J.- (1994) Drug misuse and social cost. British Journal of Hospital Medicine 52 (2-3) : 65-66.
MINET, J. - (1995) Teens cite illicit drugs as a major worry, see marijuana as gateway. American Journal of Health Syst. Pharm. 52 (20): 2170-2174.
MUSTY, R.,E. et al - (1995) Relationships between motivation and depression in chronic marijuana users. Life Sciencies. 56 (23-24): 2151-2158.
SCHWARTZ, R.,H. et al - (1994) Marijuana in the chemotherapy of cancer patients - The opinion of the oncologysts . Journal of Adiction Disease. 13 (1) 53-56.
STERLING, R.,C. et al.- (1994) Psychiatric symptomatology in crack cocaine abusers. The Journal of Nervous and Menthal Diseases. 183: 564-569.
SOLOWIJ, N. - (1995) Do cognitive impairments recover following cessation of cannabis use? Life Sciencies. 56 (23-24) : 2119 - 2126.
UNGERLEIDER, J.,T. - (1985) Therapeutic issues of marijuana and THC (tetrahydrocannabinol). The International Journal of the Addictions. 20 (5) : 691-699.
ZINBERG, N.,E.- (1979) On cannabis and health. Journal of psychedelic drugs 6 : 34-41
ZOJA, L. - (1992) Nascer não basta . Ed. Axis Mundi, São Paulo.
Eliseu Labigalini Junior & Lúcio Ribeiro Rodrigues.*

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Indicação de Filmes / Documentários

  • O homem da linha
  • Sexo por compaixão
  • Ilha das flores
  • Pra que time ele joga
  • Estamira
  • Faces da violência
  • Notícias de uma guerra particular
  • Nem gravata nem honra

Artigos

REDUZIR DANOS
É bem-vinda a disposição do governo federal de mudar a ênfase de suas
diretrizes em relação ao consumo de drogas, favorecendo a chamada redução de
danos em detrimento da linha apenas repressiva. A confirmar-se essa
tendência, a política antitóxicos será uma das poucas áreas nas quais a
administração petista não se inclina pela abordagem mais conformista.
A redução dos danos é antes de mais nada o triunfo do bom senso. Seu
pressuposto básico é o de que jamais será possível erradicar o problema do
uso e da dependência de drogas, pois esse fenômeno não é apenas cultural mas
tem causas também biológicas. Daí decorre que nem todos os esforços do poder
público se concentrariam na repressão. Parte das atenções governamentais
deve voltar-se para a prevenção, o uso responsável e o tratamento.
O usuário de drogas raramente é um caso de polícia. Isso não significa, por
outro lado, que ele tenha necessariamente um problema psiquiátrico. Assim
como nem todo mundo que toma uma dose de uísque é alcoólatra, nem todos os
que ocasionalmente usam drogas ilícitas são narcodependentes. Para esse
amplo contingente, a principal ação do poder público deve ser a de
desestimular o uso e evidenciar os riscos a ele associados. O sucesso da
campanha mundial contra o cigarro mostra que o usuário é sensível a
argumentos racionais que demonstram os malefícios do consumo ainda que
moderado dessas substâncias.
Para os que de fato se mostram dependentes, é preciso insistir também na
diminuição dos riscos correlatos (programas de troca de seringas, por
exemplo) e oferecer a alternativa do tratamento custeado pelo SUS.
O tráfico, é evidente, deve ser reprimido com vigor. A dependência de drogas
como cocaína e heroína não chega a apresentar as altas prevalências do
alcoolismo (10% a 15% da população) e do tabagismo (20%) principalmente
porque aquelas substâncias são proibidas e combatidas.

Domiciano Siqueira

Artigos II

O que é Redução de Danos?

Redução de Danos é uma estratégia de saúde pública que busca controlar possíveis consequências adversas ao consumo de psicoativos -lícitos ou ilícitos - sem, necessariamente, interromper esse uso, e buscando inclusão social e cidadania para usuários de drogas.

Por que fazer Redução de Danos?

Grande parte de usuários de drogas que faz uso problemático não consegue ou não quer parar de usá-las. Essas pessoas encontram nos Programas de Redução de Danos quem as aceita e oriente, de modo a evitar consequências mais graves do uso.

Do total de casos notificados - CN - DST/Aids - MS (set-2000):
· 25% estão associados direta ou indiretamente ao uso de drogas injetáveis;
· 38,2% das mulheres portadoras de Aids contraíram o vírus pelo uso de drogas injetáveis ou através de parceria sexual com usuários de drogas injetáveis;
· 36% dos casos de Aids pediátrica apontam a mãe ou sua parceria sexual com uso de drogas injetáveis. Além disso, 85% dos usuários de drogas injetáveis informam compartilhar equipamento de uso e 52% deles estão infectados pelo HIV, 60% por hepatite "C".

Redução de Danos funciona?

· 23% dos usuários atendidos pelos PRD (Programas de Redução de Danos) procuraram tratamento para dependência química.
· Nos países onde foi implantada precocemente, como na Austrália, a taxa de infecção pelo HIV entre UDI se mantém abaixo de 5%.
· Em todos os locais onde os PRDs funcionam, melhora o acesso dos UDI aos cuidados de saúde e à qualidade de vida

A Contituição brasileira diz "todos são iguais perante a lei" e não" todos são iguais, exceto homossexuais, trabalhadores do sexo, pobres e usuários de drogas".

Fonte: Redução de Danos Saúde e Cidadania - CN DST/Aids - MS

Todo uso de drogas causa danos?

Não, nem todo o consumo de substâncias psicoativas (categoria genérica à qual pertencem as substâncias que denominamos "drogas") é necessariamente danoso à saúde nem caracteriza "doença mental".

A Redução de Danos surgiu como resposta a um contexto no qual os padrões de uso evidenciam riscos e danos potenciais - de transmissão de agentes infecciosos, além de danos à saúde decorrentes do próprio consumo de substâncias. Contribui, portanto, diretamente para o uso mais seguro de drogas pelos usuários de drogas e, indiretamente, para reavaliar o mito de que todo contato com as drogas seria invariavelmente perigoso.

Exemplos de Proposta de Redução de Danos

De álcool: ingestão de água e líquidos não alcoólicos e de vitaminas do complexo B, nutrição adequada, evitar atividades incompatíveis com embriaguez.

De crack: beber muito líquidos; usar cachimbo individual e com filtro; reservar tempo para dormir e comer; misturar maconha com crack ou trocar o crack pela maconha.

De cocaína: beber muita água; usar equipamento próprio seja para cheirar ou para se injetar (seringas só individuais e limpas; fracionar as doses; lavar as mãos antes de preparar doses injetáveis; usar água destilada; injetar lentamente para avaliar o efeito.

De tabaco: reduzir o número de cigarros, não usar os "baixos teores" que levam ao consumo de maior número de cigarros para obter a mesma satisfação, portanto, com mais risco de câncer; tentar outras fontes de nicotina: adesivos, gomas de mascar; aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C; controlar outros fatores de risco para infartos: obesidade, sedentarismo, ansiedade.

De todas que alteram as funções motoras e cognitivas: usar em companhia de alguém sóbrio; respeitar os direitos alheios, evitar uso em situações incompatíveis com os efeitos (ex: dirigir, trabalhar, esportes radicais, nadar sozinho); Não se envolver com violência, se cuidar; usar camisinha sempre.

Redução de danos é incentivo ao uso de drogas?

Não. Os Programas de Redução de Danos não incentivam o uso nem distribuem drogas. A distribuição de material preventivo visa a proteçãoà saúde.

Pode ser feita no Brasil?

Troca e fornecimento de material de prevenção para usuários de drogas injetáveis é política de saúde pública no Brasil, desde 1994. Há leis estaduais e municipais que a regulamentam ou em tramitação em vários locais (veja o mapa), assim com está tramitando uma lei federal.

Vale a pena?

Só pelo resgate de pessoas que de outro modo continuariam marginalizadas e vulneráveis já vale. Além disso, a relação custo-benefício é muito boa: cada caso de Aids custa ao país, pelo menos , US$ 3,000,00/ano, só em medicamentos, enquanto o atendimento a cada UDI custa US$ 29.00/ano.

Fonte: Redução de Danos Saúde e Cidadania - CN DST/Aids - MS

Leitura recomendada:

Assim falava Zaratrustra

Nietzsche

Editora Scala

2009


A polícia das famílias

Jacques Donzelot

Editora Graal

1986


Para leer el pato Donald

Editora Veintuno

1983


Aportes para uma nueva política de drogas

Intercambios

Editora Universidade de Buenos Aires

2010


O anticristo

Nietzche

Editora Escala


Convite a filosofia

Marilena Chaui

Editora Ática

2002


Sem rumo & Sem razão

Virgílio de Matos

Editora CRP - MG

2011

Doces Venenos

Lidia Rosenberg Aratangy

Editora Olho dagua

1998


A legibilidade do ilegível

Virgílio de Matos

Editora O Lutador

2006


A troca impossível

Jean Baudrillard

Editora Nova Fronteira

2002


Estigma

Erving Goffman

Editora Zahar

1975


A sujeição das mulheres

Stuart Mill

Editora Escala

2006


Genealogias da amizade

Francisco Ortega

Editora Iluminuras

2002


Amizade e estética da existência em Focault

Editora Graal

1999


Relatório da 4º Inspeção Nacional de Direitos Humanos

locais de internação para usuários de drogas

Conselho Federal de Psicologia

2011


“A gente tem a ver com isto “

“ O tecido e o tear”

“ Bem querer é o melhor remédio”

Série Comunicação Popular CRP / SP


O Laricão


fanzine Caps-AD Sé - SP


A aventura do dinheiro


Oscar Pilagallo


Lucilia - Rosa Vermelha
Luciana M Vilela
Bertolucci Editora
2011



PROJETO AJUDE BRASIL: AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS UDI´S DOS PROJETOS DE REDUÇAO DE DANOS APOIADOS PELA CN – DST/AIDS.

Waleska Teixeira Caiaffa
Ministério da Saúde
Brasília/DF
2001
DROGAS E AIDS – PREVENÇÃO E TRATAMENTO.
Carla Silveira
Raquel Martins Pinheiro
Eliane Guerra
Centro Mineiro de Toxicomania
Belo Horizonte/ MG
2004
MANUAL DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO INTEGRAL A UD´S VIVENDO COM HIV/AIDS.
Álvaro Augusto Andrade Mendes
REARD – Rede Acreana de RD
Rio Branco / AC
2005
1º Edição
Ta Legal
Paulo C. Duarte Paes
Ministério da Saúde
1º Edição
2002
Prevencion del VIH – Sida em Usuários de Drogas
Graciela Touse
Editora Intercâmbios
1º Edição
199
A resposta brasileira ao HIV/Aids
Ministério da Saúde
UNAIDS
1º Edição
CULTURA E SUBJETIVIDADE EM TEMPOS DE AIDS.
Márcia Elisa Gonçalves Carvalho
Flavia F Carvalhaes
Rosely de Paula Cordeiro
Assoc. Londrinense Interdisciplinar de AIDS
Londrina / PR
Ministério da Saúde
2005
Redução de Risco para HIV/Aids entre Usuários de Drogas
James A. Inciardi
Hilary L. Surratt
Flavio Pechansky
Inst. Nac. de Abuso de Drogas dos EUA
1º Edição
1998
TROCA DE SERINGAS: DROGAS E AIDS – CIÊNCIA, DEBATE E SAÚDE PÚBLICA.
Ministério da Saúde
Brasília/ DF
1998
USO E ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS
Margarita A Villar Luis
FAPESP
Ribeirão Preto/SP
2000
EXPERIÊNCIAS INTERDISCIPLINARES EM AIDS – INTERFACES DE UMA EPIDEMIA.
Stela Mares Padoin
EDT UFSM
Sta Maria/RS
2006
SUBJETIVIDADE E AIDS
Carmen Lent
Alexandre do Valle
Ministério da Saúde
2000
MANUAL REDUÇÃO DE DANOS – EDIÇÃO MANUAIS 49
MINISTÉRIO DA SAÚDE
UNODC
2001
HISTÓRIA DO SUICÍDIO
Georges Minois
Edit. Teorema
Lisboa
1998
ARQUEOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Pierre Clastres
Edit. Cosac & Niaf
HUMANO, DEMASIADO HUMANO
Nietzsche
Edt. Escala
2006
A GENEALOGIA DA MORAL
Nietzsche
Edt. Escala
2006
PERU DO IMPÉRIO DOS INCAS AO IMPÉRIO DA COCAÍNA
Rosana Bond
COEDITA
2004
CLÍNICA PERIPATÉTICA - Políticas do Desejo
Antonio Lancetti
1º Edição
HUCITEC
2006
AS PORTAS DA PERCEPÇÃO – CÉU E INFERNO
Aldous Huxley
Edit. Globo
Rio de Janeiro/RJ
2002
DROGAS, DIGNIDADE & INCLUSÃO SOCIAL - ABORDA
Marcelo Araujo Campos
MINISTÉRIO DA SAÚDE
UNODC
2003
Jânio Quadros – Os dois mundos das três américas
Jânio Quadros
Edit. Martins
1972
OS ANDARILHOS DO BEM – FEITIÇARIAS E CULTOS AGRÁRIOS NOS SÉCULOS XVI E XVII
Carlo Ginzburg
Edit. Cia das Letras
São Paulo/ SP
1981
Os suicidas
Antonio di Benedetto
Edit. Globo
2005
Panfletos Satíricos
Jonathan Swift
Edit. TopBooks
1999
A dignidade da Política
Hannah Arendt
Edit. Relume Dumará
3º edição
2002
Rio de janeiro
MICROFÍSICA DO PODER
Michel Foucalt
17º Edição
Edit. Graal
Rio de Janeiro/RJ
2002
Erasmo – Elogio da Loucura
Erasmo
Edit. Escala
ESCUTA , ZÉ NINGUÉM
Wilhelm Reich
Livraria Martins Fontes
10º Edição
1982
ÁLCOOL E REDUÇÃO DE DANOS – UMA ABORDAGEM INOVADORA PARA PAÍSES EM TRANSIÇÃO
Ernst Buning
Mônica Gorgulho
Ana Glória Melcop
Pat O´hare
Brasília – DF
2004
MULHER: MÃE, GUERREIRA E .... SOROPOSITIVA.
Projeto Margarida
Ponta Grossa – PR
O BRASIL EM SOBRESSALTO
Oscar Pilagallo
Publifolha
2002
ZINE – RD : Saúde, Solidariedade e Cidadania
PRD – Santa Maria
2006
O cultivo do ódio
Peter Gay
Edit Cia das Letras
1988
São Paulo
UMA VIDA EM TRATAMENTO
Ariel Dorfman
Edit. Objetiva
1998
MÃES ABANDONADAS: A ENTREGA DE UM FILHO EM ADOÇÃO.
Maria Antonieta Pisano Motta
Edit. Cortez
São Paulo/SP
2001
AIDS E ESCOLA – REFLEXÕES E PROPOSTAS DO EDUCAIDS
Teresinha Pinto
Izabel da Silva Telles
Edit. Cortez
2000
A ESCULTURA DE SI
MICHEL ONFRAY
Edit. Rocco
Rio de Janeiro / RJ
1995
LAS DROGAS ENTRE EL FRACASO Y LOS DAÑOS DE LA PROHIBICIÓN
Edit. ARDA
Rosario – Argentina
2002
MICHEL FOUCAULT – UMA BIOGRAFIA
Didier Eribon
Cia das Letras
1990
AS DEUSAS, AS BRUXAS E A IGREJA – SÉCULOS DE PERSEGUIÇÃO
M Nazaré Alvim de Barros
Edit Rosa dos Tempos
2 º Edição
2004
SILICONE – RD PARA TRAVESTIS
Edit. Grupo Gay da Bahia
Salvador / BA
2002
AÇÕES DE PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA ‘AS DST/AIDS NA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA ‘A SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO
CRT – São Paulo
2003
AVESSOS DO PRAZER – DROGAS, AIDS E DIREITOS HUMANOS.
Gilberta Acselrad
Fiocruz
2005
VULNERABILIDADE – PROJETOS ESTRATÉGICOS
CRT – São Paulo
2005
O MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO
Sigmund Freud
Edit. Imago
Rio de Janeiro /RJ
1998
REDUÇÃO DE DANOS – PREVENÇÃO OU ESTÍMULO AO USO INDEVIDO DE DROGAS INJETÁVEIS.
Elisangela Melo Reghelin
Edit. Revista dos Tribunais
São Paulo/SP
SOZINE - FANZINE
Fortaleza – CE
2001
LAS DROGAS EN EL SIGILO... ¿QUÉ VIENE?
Gustavo Urtado
Buenos Aires
1999
RELATIVIZANDO – UMA INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA SOCIAL .
Roberto Damatta
Edit. Rocco
Rio de Janeiro/RJ
2002
ADEUS AO TRABALHO ? – ENSAIO SOBRE AS METAMORFOSES E A CENTRALIDADE DO MUNDO DO TRABALHO.
Ricardo Antunes
Edit. Cortez
Campinas /SP
2002
· LIVRO DE UMA SOGRA –
ALUÍSIO AZEVEDO
Edit. Casa da Palavra
1995
· A SOCIEDADE CONTRA O ESTADO
Pierre Clastres
São Paulo
2003

TÁ DIFÍCIL DE ENGOLIR ? – EXPERIÊNCIAS AO TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL EM SÃO PAULO
Paulo Roberto Teixeira
Edit. Prog. Est. DST/Aids
São Paulo/SP
2000

A NOITE DOS DESESPERADOS
Horace Mccoy
Edit. Sá
São Paulo / SP
2000
EROS E CIVILIZAÇÃO – UMA INTERPRETAÇÃO FILOSÓFICA DO PENSAMENTO DE FREUD
Herbert MArcuse
ABPDEA
8º Edição
1995
SIDA Y DROGAS – REDUCCIÓN DE DAÑOS EN EL CONO SUR
Edit. ONOSIDA
Buenos Aires
2000
A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS MULTICÊNTRICOS FRENTE À EPIDEMIA DE HIV/AIDS ENTRE UDI NO BRASIL – 10 ANOS DE PESQUISA E REDUÇÃO DE DANOS.
Ministério da Saúde
Brasília/DF
2001
CENTRO DE PREVENÇÃO AS DEPENDÊNCIAS –
Ana Glória Melcop
RECIFE/PE
2004
DROGAS, DIGNIDADE & INCLUSÃO SOCIAL – A LEI E A PRÁTICA DE RD - ABORDA .
Marcelo Araujo Campos
MINISTÉRIO DA SAÚDE
UNODC
2002
REDUÇÃO DE DANOS PARA ADOLESCENTES USUÁRIOS DE DROGAS E CURIOSOS.
CASA – CENTRO DE ASSESSORIA A ADOLESCÊNCIA
FLORIANÓPOLIS
2002
MANUAL DO MULTIPLICADOR DST/AIDS.
CEDIP – Centro Especializado de doenças infecto – parasitárias
Cascavel / PR
2004
DRUG USE AND HIV VULNERABILITY
Jon Derricotti
Martindale Pharmaceuticals
EUA
1997
DROGAS – COLEÇÃO PARA SABER MAIS / SUPER INTERESSANTE
Rodrigo Vergara
Abril
São Paulo
2003
UMA TRAJETÓRIA CAPIXABA – 10 ANOS DO CR DST/AIDS.
Ítalo Campos
Prefeitura Vitória/ ES
2003
THE BRAZILIAN RESPONSE TO HIV/AIDS.
UNAIDS
2000
SOCIABILIDADE E VIOLÊNCIA – CRIMINALIDADE NO COTIDIANO DE VIDA DOS MORADORES DO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO DE SALVADOR.
UFB – Gey Espinheira
Salvador / BA
2004
PODER, VIDA E MORTE NA SITUAÇÃO DE TORTURA – ESBOÇO DE UMA FENOMENOLOGIA DO TERROR
Alfredo Naffah Neto
Edit. Hucitec
São Paulo / SP
1985
MULHER E AIDS – AMBIGUIDADES E CONTRADIÇÕES
Wilza Vilela
NEPAIDS
São Paulo
1997
O SÁBIO AO CONTRÁRIO – A HISTÓRIA DO HOMEM QUE ESTUDAVA PUNS.
Ricardo Azevedo
Edit. SENAC
São Paulo/SP
2001
A FORMAÇÃO DAS ALMAS – O IMAGINÁRIO DA REPÚBLICA NO BRASIL.
José Murilo de Carvalho
Edit. Cia das Letras
São Paulo / SP
1990
DROGAS: QUALIDADE DE VIDA E CIDADANIA
Ana Maria Motta
Edit. Gestão Comunitária
1999
NOBRES E ANJOS – UM ESTUDO DE TÓXICOS E HIERARQUIA.
Gilberto Velho
Edit. FGV
Rio de Janeiro / RJ
1998
O ELOGIO AO ÓCIO
Bertrand Russel
Edit. Sextante
Rio de Janeiro/RJ
2002
SCHOPENHAUER- COLEÇÃO OS PENSADORES
Edit. Nova Cultural
São Paulo/SP
2005
GLOBALIZAÇÃO E DESEMPREGO – DIAGNÓSTICO E ALTERNATIVAS
Paul Singer
Edit. Contexto
São Paulo / SP
2003
DEPENDÊNCIA – COMPREENSÃO E ASSISTÊNCIA ÀS TOXICOMANIAS – UMA EXPERIÊNCIA DO PROAD
Dartiu Xavier da Silveira Filho
Edit. Casa do Pscólogo
São Paulo / SP
1996
FAZES-ME FALTA –
INÊS PEDROSA
Edit MC
Lisboa
2002
AIDS E ÉTICA MÉDICA
CREMESP
São Paulo/ SP
2001
DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E AIDS.
Edit. Autores Associados
Cadernos ABONG
São Paulo / SP
2002
MICRO-HISTÓRIA – OS PROTAGONISTAS ANÔNIMOS DA HISTÓRIA
Ronaldo Vainfas
Edit. Campus
CANÇÕES
Mário Quintana
Edit. Livraria do Globo
Porto Alegre /RS
SAÚDE LOUCURA – SAÚDE MENTAL E DA FAMÍLIA
Antonio Lancetti
Edit. Hucitec
São Paulo
O VENTRE DOS FILÓSOFOS – CRÍTICA DA RAZÃO DIETÉTICA
Michel Onfray
Edit. Rocco
Rio de Janeiro / RJ
1990
TARJA PRETA
Pedro Bial
Edit. Objetiva
São Paulo
OS DOIS MUNDOS DAS TRÊS AMÉRICAS
Jânio Quadros
Edit. Martins
CONVERSANDO SOBRE ÉTICA E SOCIEDADE
Josué Candido da Silva
Edit. Vozes
Petrópolis / RJ
2002
HISTÓRIA DO RISO E DO ESCÁRNIO
George Minois
Edit. Unesp
São Paulo / SP
2003